OS NOVOS TRATAMENTOS DOS SUS E QUANDO VÃO ESTAR DISPONÍVEL

O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a ofertar novos medicamentos para pessoas diagnosticadas com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), um contingente calculado em 5 milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde. A informação foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira. O governo terá até seis meses para disponibilizar os remédios.

Mas estes não são os únicos tratamentos incluídos na rede pública de saúde este ano. Outras três doenças foram contempladas.  

Na prática, porém, os medicamentos mais modernos, cujos tratamento chegam a custar milhares de reais por mês, só serão ofertados de maneira gratuita no ano que vem (veja detalhes abaixo).  

Mulheres com um tipo de câncer de mama, assim como pacientes com artrite reumatoide, uma das doenças reumáticas mais comuns, terão novas opções de tratamento. Com as medidas, o Ministério da Saúde espera reduzir o número de pessoas que acionam a justiça para ter acesso às drogas, o que obriga o governo a fornecer os remédios sem previsão orçamentária e pagando mais caro, já que neste caso não são negociados descontos com a indústria. Somente com o medicamento de alto custo para câncer de mama foram gastos 12,6 milhões de reais até julho deste ano por causa de decisões judiciais.  

Confira abaixo quais são as doenças que terão tratamentos mais modernos no SUS e quando estes deverão estar disponíveis (e poderão, portanto, ser cobrados pela população, já que o prazo de 180 dias é estipulado em decreto).  

 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
Quais medicamentos: budesonida, beclometasona (corticóides inalatórios), fenoterol, sabutamol, formoterol e salmeterol (broncodilatadores)
Devem estar disponíveis até: março de 2013
Número de pessoas com a doença: 5 milhões, segundo o Ministério da Saúde. A DPOC atinge principalmente fumantes.  

Câncer de Mama
Medicamento: trastuzumabe
Deve estar disponível até: janeiro 2013
Número de pessoas com a doença: apenas em 2012, 52 mil brasileiras deverão ser diagnosticadas com o câncer mais comum em mulheres, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). O medicamento, porém, é indicado apenas para pessoas com um tipo específico da doença, chamado HER2 positivo, que corresponde a cerca de 20% dos casos. 

Exame.

Posted in: Saúde