Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 75% das doenças que atingem pessoas em todo o mundo são de origem animal e que 60% dos vírus e bactérias encontrados no ser humano vêm dos animais. No Dia do Médico-Veterinário, lembrado hoje (9), o Conselho Federal de Medicina Veterinária avalia que o profissional da área é diretamente responsável pela saúde da população. O órgão alerta que a leashmaniose, por exemplo, já registrou 500 casos em animais e 20 em humanos apenas nos primeiros seis meses deste ano no Distrito Federal. A doença é provocada por um protozoário e transmitida do animal infectado para o cão saudável e, em seguida, para o homem, por meio do mosquito. Já no Rio Grande do Norte, o Centro de Controle de Zoonoses de Natal registrou, em agosto de 2012, 12 casos de raiva em morcegos - seis na capital. O animal já responde por quase a metade dos casos de transmissão da doença para pessoas. Para o presidente do conselho, Benedito Fortes de Arruda, conservar a saúde animal é preservar a saúde das pessoas. ''Se tivermos o cuidado para com esses animais, estaremos evitando que seres humanos também sejam contaminados, reduzindo as filas em hospitais e pronto-socorros'', disse. A estimativa é que o país conte com cerca de 90 mil profissionais da área e que 5 mil novos médicos-veterinários cheguem ao mercado todos os anos. Ainda de acordo com o órgão, o Brasil é recordista mundial em número de escolas para o ensino da medicina veterinária - são cerca de 190 instituições, sendo 50 no estado de São Paulo. Esse tipo de local, segundo Arruda, presta atendimento em comunidades carentes do país. ''Mas a assistência é precária porque, muitas vezes, a escola fica distante e a pessoa não tem veículo para tranportar o animal'', explicou. Governos estaduais e municipais, segundo ele, devem investir mais em estratégias como o hospital público para cães e gatos inaugurado este ano em São Paulo. A unidade conta com 25 veterinários que se dividem em 40 atendimentos, em média, por dia. ''De nada adianta ter um animal dentro de casa se você não toma os cuidados dando alimentação, água, carinho, vacinações e visitas periódicas ao veterinário. Se esse animal existe, não pode ser tratado como um simples objeto dentro de casa, mas como um ser vivo que está ali dando carinho e retribuindo'', concluiu o presidente do conselho. Edição: José Romildo.
Agenciabrasil.
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