As políticas públicas de combate à pobreza e redução das desigualdades promoveram 35 milhões de pessoas – sendo quase 80% delas negros - para uma classe média brasileira de 104 milhões de pessoas, informou nesta quinta-feira (20) o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco, ao lançar o estudo Vozes da Classe Média.
De acordo com o estudo, a classe média continuará crescendo nos próximos anos, passando de 53% para 57% de toda a população brasileira em 2022. Segundo o estudo, que fundamentará as políticas governamentais, pertencem à classe média as famílias com renda per capita mensal de R$ 291 a R$ 1.019,00 e com baixa probabilidade de passarem a ser pobres no futuro próximo. Estão na classe alta as famílias com renda per capita mensal superior a R$ 1.019, enquanto é classificada de pobre a família que tem renda mensal per capita inferior a R$ 291,00.
Para o ministro Moreira Franco, existe consenso de que a ação governamental precisará se adequar às necessidades da crescente classe média que tem aspirações distintas de quando era pobre. "É uma mudança que nós temos que começar a nos acostumar. Determinadas ações do governo já estão sendo obrigadas a olhar este segmento de uma outra maneira. Ele deixa de ser objeto de política social para ser objeto de política econômica. Não é mais assistência social que vai garantir a capacidade dessa parcela da população de crescer, de se desenvolver", disse.
Com base no estudo, a Secretaria de Assuntos Estratégicos concluiu que a pobreza no país caiu de 27% para 15% em 2012 e a extrema pobreza recuou de 10% para menos de 5% da população. O estudo mostra ainda que a renda das mulheres passou de R$ 150 bilhões para R$ 264,1 bilhões e que a classe média participa com 48% da renda nacional e 42% do consumo das famílias, colocando-se como o 15º. mercado do mundo.
”Seis em cada 10 brasileiros dizem que eles e o Brasil melhoraram”, afirma Renato Meirelles, do Instituto Data Popular. “Há emprego e todos se sentem felizes, otimistas. O consumo torna palpável a melhora de vida da classe média que ganha voz e visibilidade. Hoje, essa classe média é consciente do seu papel como protagonista, exigindo melhores serviços públicos, entre eles saúde, educação”, acrescenta Renato Meirelles", completou.
O estudo Vozes da Classe Média se desdobra em duas fases. Nessa primeira etapa, foram analisados dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD), da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, coletadas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Instituto Data Popular.
Na segunda fase, serão pesquisadas as aspirações, evoluções e mobilidade de 10 mil famílias localizadas em cinco regiões do país, num período de cinco anos, que deverão expor o perfil das 35 milhões de pessoas que mudaram de classe, além de analisar seus hábitos.
Fonte:Planalto.
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