Uma das mais importantes festas religiosas do calendário baiano e que se repete desde 1889 em Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo, para comemorar a abolição da escravatura, o ‘Bembé do Mercado’ está agora inscrito no Livro do Registro Especial dos Eventos e Celebrações como Patrimônio Imaterial da Bahia.
Nesta sexta-feira (14) o governador Jaques Wagner assinou o decreto, que será publicado na edição destes sábado e domingo (15 e 16) do Diário Oficial do Estado, acatando a proposta aprovada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), autarquia da Secretaria de Cultura (Secult), e o Conselho Estadual de Cultura.
Considerado o único candomblé de rua do mundo, o ‘Bembé de Mercado’ representa o momento em que os africanos, crioulos escravizados e libertos se organizaram para celebrar suas lutas pela liberdade. Mais que uma festa, constitui-se hoje um movimento de afirmação.
Segundo a tradição oral, a festa começou quando João de Obá - negro escravo de origem Malê e pai de santo - reuniu os filhos e filhas de santos e armou um barracão de pindoba, enfeitando-o com bandeirolas para agradecer aos santos e comemorar o aniversário da abolição. Assim, os adeptos dos terreiros de candomblés continuaram realizando os festejos do Bembé.
Secom/BA.
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